A ILHA DOS VULCÕES
A Lei de Lavoisier é clara quando diz que na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Tá ai um conceito que se percebe com nitidez assim que se pisa em Lanzarote.
Lanzarote, a mais oriental das Ilhas Canárias, passou por uma grande atividade vulcânica nos princípios do século XVIII. O tempo trabalhou sua natureza a ponto de se tornar Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1993.
A ilha é uma beleza de contrastes difícil de definir. Negro, marrom e cinza é seu solo; brancas são suas casas, azul tão lindo no céu e no mar; e poucos verdes, encravados na terra vulcânica, completam sua paisagem.
Nas vilas da ilha encontramos desde natureza exuberante, praias brancas ou de rochas negras, até comercio e gente de montão, é uma viagem para todos os gostos.
Agora, a cultura daqui é tão peculiar quanto o lugar; a ilha é um espaço aberto das obras de César Manrique. Este artista plástico nasceu por aqui e sem dúvida reinventou essa ilha vulcânica no decorrer de sua trajetória artística.
Por tudo isso Lanzarote encanta; não só aqueles que passam alguns dias, como nós, mas também aqueles que vivem neste lugar. E foi assim com José Saramago, escritor português, ganhador do Premio Nobel de Literatura, que findou seus últimos anos por aqui, de uma forma simples e harmoniosa. E isso, conferimos na visita a sua casa, que hoje é um museu, A Casa José Saramago.
Conhecer o Parque Nacional do Timanfaya e um pouco da história daqueles vales de lava solidificados é deparar com a própria lei de destruição. Contudo, como tudo na natureza, é ter a certeza que existe sempre uma transformação.
JÁ CORRI NA LUA, TOMANDO UM BOM VINHO ESPANHOL!
É isso mesmo, correr sobre pedregulhos escuros, olhar para frente e ver uma, duas, três crateras de vulcão. De repente, uma barraca de vinho servindo um fresco e delicioso vinho de uma terra negra tão maravilhosa.
Quase todo percurso da Wine Run é por entre plantações de vinhos. Os vinhedos se assentam sobre solo vulcânico são férteis devido às cinzas que impedem o crescimento de outra vegetação, mas conseguem reter a água do orvalho. Tá ai um peculiar segredo destes vinhos tão saborosos.
A sensação de correr na lua, na manhã de domingo, é um evento a parte. No dia anterior passamos uma tarde/noite no festival de gastronomia, boa comida, bons vinhos espanhóis e muita música para animar os corredores ansiosos.
PASSEAR DE MOTORHOME POR LANZAROTE
Optamos por ir e vir sem lugar marcado. Isso mesmo, passamos por Lanzarote num motorhome, no qual coube direitinho a nossa vontade de viajar. A opção diária era sair sem rumo, e com um mapa na mão se roda facilmente toda a ilha, pois a sinalização é ótima e muito fácil de chegar a qualquer lugar.
A verdade é que a ilha toda é uma atração fantástica, diferentemente apresentada em todos os seus ângulos, e assim, nada difícil de eleger um lugar para ir. E nós, que todas as noites dormimos em alguma praia aleatoriamente elegida, despertamos sempre com a vontade de ficar.
A corrida na ilha dos vulcões atingiu seu objetivo. Aqui, concluímos que o ser humano em harmonia com um vulcão adormecido pode ser sinônimo de gastronomia, bons vinhos, cultura e lindas paisagens que compensam quem passa correndo mundo neste lugar.
Amei o Site!
Vontade de correr o mundo com vocês!
Só vir conosco Grasiele, temos muito o que mostrar ainda! 😉